sábado, 21 de novembro de 2015

Os Estigmas


Os Estigmas: A Deterioração da identidade social (PP. 1- 4)

Por - Zélia Maria Melo


No Texto numa divisão de tempo nota-se diferentes momentos que a autora quis mostrar.

No primeiro momento Zélia relata que para Goffman estigma foi um termo criado referindo-se aos sinais corporais, cicatrizes, que chamam atenção num indivíduo, nota-se que a sociedade evidencia essas marcas para o mau estigmatizando-o devido ao status moral do indivíduo. (Uma forma de identificar no lugar quem tinha má reputação ou até quem tinha cometido algum crime.) Também era visto como "graça divina", quando representado por marcas reais de um cristão.

Para Goffman, a sociedade tenta catalogar as pessoas em varias categorias diferentes, e a que grupos elas devem pertencer, criando um modelo social no indivíduo, sem perceber se a imagem corresponde com a realidade do que foi criado, no que acaba se tornando uma identidade virtual. ( Uma identidade inventada para ser aceita na sociedade.) Nesse caso o estigma acaba fazendo com que essa pessoa não tenha credibilidade na sociedade, as pessoas vê seus "defeitos" e "falhas", como forma de fraqueza, desvantagem em relação ao outro. nesse contexto o diferente passa a assumir suas diferenças e passa a aceitar a ser chamado de "nocivo", "incapaz", ele fica a margem do que a sociedade determina, e é a sociedade que controla tudo e oculta o que interessa.

Para Goffman (1993,P.13) Os atributos indesejados são considerados  estigmas.
 Ele percebe que quanto mais o diferente quer ser visto como diferente, mais ele acaba sendo mal visto pela sociedade. (Essa diferença que ele mesmo inventou, essa identidade virtual.) Faz com que a sociedade o estigmatize. Essa pessoa acaba se desacreditando de si mesma, não aceitando-se. O sujeito estigmatizado, diferente, numa sociedade em que todos acham que temos que ser iguais, esse indivíduo é tratado como sendo um "ninguém", um ser sem atitude.

(1993 P. 58) As pessoas que convivem com o estigmatizado podem adquirir influencia do indivíduo, e o estigma pode se diferenciar. (No que é visto, ou do que se falou do indivíduo.), porque o conhecimento que os outros tem do estigmatizado pode ter sido baseado nos rumores. As pessoas estigmatizadas são vistas como pessoas sem caráter, sem qualidades, sem controle de seus atos, sem ideologia, são vistos como prejudiciais a interação sadia na comunidade, são tachados como o "irrecuperável", o inútil.

É na família que o estigmatizado encontrará o apoio afetivo, e na forma educacional, os limites e socialização. Pois sua história, sua raiz define sua forma de ser. A pessoa estigmatizada tende a relativizar essa diferença e acaba percebendo no convívio familiar pontos significantes na sua identidade social, algo que se assemelha a ele.

Ana Sonegheti - Pesquisa

Um comentário: